Artigo sobre Piquiá de Baixo rende premio Nacional para Açailândia

Por meio de análise documental e entrevistas com moradores, as pesquisadoras apresentam como o processo de mobilização da comunidade de Piquiá de Baixo, localizada em Açailândia-MA, que luta há mais de 10 anos pelo reassentamento em local longe da poluição ocasionadas pelas atividades da cadeia minero-siderúrgica, tem se transformado em espaço de fortalecimento dos Direitos Humanos.
Ao todo, foram 18 trabalhos  premiados em quatro categorias: Reportagens Jornalísticas, Práticas Humanísticas, Trabalhos Acadêmicos e Trabalho de Magistrados. O júri que analisou os trabalhos é formado por professores, desembargadores, procuradores e jornalistas.

Para Roseane Arcanjo, professora adjunta no curso de Jornalismo da UFMA, “a premiação é muito representativa. Mostra o compromisso da Justiça nos Trilhos, da Associação dos Moradores de Piquiá e da UFMA com a defesa de um desenvolvimento social e econômico que respeite os direitos de todas as comunidades.”

“Ao fortalecer a luta dos moradores, a Universidade Federal do Maranhão, através do Curso de Jornalismo, reafirma seu compromisso com a defesa da vida, dos Direitos Humanos e dos interesses coletivos”, acrescenta Roseane.

Na solenidade de premiação, Idayane Ferreira, jornalista da Justiça nos Trilhos, reafirmou que o artigo tem por objetivo criar narrativas que correspondem com a história de resistência e promoção da cidadania da comunidade de Piquiá de Baixo. “Esse trabalho em específico fala sobre como a luta de Piquiá é um processo cidadão. Na falta das políticas públicas e sociais, a comunidade se uniu para reaver os seus direitos e tornar real o que as outras pessoas chamariam apenas de sonho”, ressalta.
“Eu me senti representando quase 400 famílias! Olha a responsabilidade e a emoção! Em um espaço como o Tribunal de Justiça, fiz questão de ressaltar a importância do Ministério Público no processo de reassentamento de Piquiá. O trabalho humanizado do jurídico faz muita diferença. Eu sei das limitações do Ministério Público e outros órgãos, mas ainda assim, no caso de Piquiá essa parceria forte, provocada pela organização dos moradores resultou em grandes frutos”, comemora, Idayane.



Justiça nos Trilhos

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