Condenado por
contrabando e cumprindo pena com tornozeleira eletrônica, o agente Newton
Ishii, conhecido como "Japonês da Federal", voltou a escoltar presos
da Operação Lava Jato nesta semana.
No último ano, o agente se
notabilizou por coordenar a escolta de presos na Polícia Federal em Curitiba, e
virou um símbolo da Lava Jato.
Logo após sua prisão, em junho, cumprida depois que o STF
determinou a prisão de réus condenados em segunda instância (caso de Ishii),
ele foi afastado da escolta e começou a cumprir trabalhos internos.
Nesta semana, o japonês voltou às ruas em função da ausência de
outros policiais do setor. A Polícia Federal, porém, diz que não há impedimento
para que Ishii atue na escolta.
Condenado a quatro anos e dois meses de prisão, o agente não
perdeu o cargo público. Por ser réu primário e não ter cometido o crime
mediante violência, Ishii recebeu o benefício do regime semiaberto, com uso de
tornozeleira.
A única determinação do juízo
é que ele permaneça em casa entre 23h e 5h e aos finais de semana, além de não
se ausentar de Curitiba e região metropolitana sem autorização. Em outubro, o
regime de Ishii será revisto.
Na época de sua prisão, agentes federais manifestaram
solidariedade ao japonês, que é considerado um policial eficiente e comprometido.
Em nota, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais)
declarou 'total apoio' a Ishii, e diz que há inconsistências na acusação contra
ele.
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