Cristiane Mattos |
O presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, e o ex-diretor geral de Operações, Kléber Terra, estão entre os sete acusados formalmente pela polícia de homicídio qualificado por dolo eventual, além de poluição de água potável. O acidente, que provocou o que já é considerado o maior desastre ambiental do Brasil, deixou 17 mortos e dois desaparecidos, que são considerados como falecidos pelas autoridades.
A investigação da Polícia Civil, que durou três meses, começou em 6 de novembro, um dia depois da ruptura da barragem da Samarco, controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP. O perito Otávio Guerra concluiu que o acidente aconteceu por um colapso na estrutura devido a uma liquefação, que provocou o acúmulo de água.
A polícia explicou em entrevista coletiva que detectou erros no controle dos diques, assim como equipamentos com defeitos, o que contribuiu para o rompimento da barragem.
A Samarco enfrenta vários processos na Justiça como consequência da tragédia que atingiu o estado de Minas Gerais, sepultando vários municípios e provocando vários danos ambientais e econômicos na região. Ontem a Justiça bloqueou R$ 500 milhões da Samarco e suas controladoras para garantir o financiamento da reconstrução da cidade de Barra Longa, uma das mais devastadas.
Terra
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